Os melhores livros de 2022 para ler antes de dormir
Por ocasião do Dia Internacional do Livro, que se celebra de forma mundial a cada 23 de abril, na Maxcolchon fizemos o nosso próprio top, para que possa oferecer um exemplar aos seus entes queridos. Uma lista que junta alguns dos melhores livros de 2022, juntamente com alguns grandes êxitos, e outros lançamentos mais recentes.
8 livros para oferecer a 23 de abril
1. ‘En la celda había una luciérnaga’ (Julia Viejo)
Considerada como a Ana María Matute da geração millennial, Julia Viejo foi descoberta pela reputada editora Blackie Books durante a pandemia. Graças à iniciativa de coletar uma série de relatos e novas vozes, a companhia literária encontrou uma nova voz. Se em 1816 Lord Byron desafiou os seus amigos a criar histórias de terror, Blackie Books quis trazer alguma luz com ‘Relatos confinados’. Um dos resultados foi o aparecimento da mencionada escritora, autora agora de um novo livro de relatos que junta “histórias breves, quotidianas, nas quais há ternura e raiva, nostalgia e espanto, indignação, amor e humor”.
2. ‘Por si las voces vuelven’ (Ángel Martín)
O que aconteceria se um dos apresentadores de televisão mais populares das duas últimas décadas confessasse que sofreu um surto psicótico, e devido ao qual teve que ser internado durante mais de vinte dias? Esta premissa não é nenhuma ficção, mas sim a experiência pessoal do cómico Ángel Martín. Após uns meses a conviver, sem o saber, com alucinações e acreditando em outro mundo, o conhecido por ‘Sé lo que hicisteis’ teve que ser internado contra a sua vontade. Já recuperado desse problema, o humorista viu-se forte e capaz de passar para um livro tudo o que sucedeu antes e depois daquele surto. E fê-lo, sem perder o seu característico sentido de humor.
3. ‘Los enemigos’ (Kiko Amat)
Kiko Amat representa melhor do que ninguém a geração X. Aquela que é a mais representativa dos anos 90. Os que escutavam Nirvana e iam dominar o mundo. Décadas depois, o que fica serve de inspiração a um autor que decide passar-se ao ensaio. ‘Los enemigos: O cómo sobrevivir al odio y aprovechar la enemistad’ fala de algo ao que hoje em dia chamamos cultura do “hater”. Por que odiamos? Por que odiamos as pessoas que odiamos? Um livro repleto de humor e de muito mau humor.
4. ‘Mata a tus ídolos’ (Toni García Ramón)
Após mais de duas décadas a trabalhar como jornalista especializado em cinema, Toni García Ramón incorporou neste ensaio algumas das suas vivências mais divertidas junto às grandes estrelas de Hollywood. Capítulos monográficos dedicados a alguns dos intérpretes mais famosos do cinema. George Clooney, Anthony Hopkins, Silvester Stallone, Meryl Streep, Bill Murray, Robert DeNiro, Jack Nicholson, Tom Hanks ou Scarlett Johansson são alguns dos seus protagonistas.
5. ‘Los nombres prestados’ (Alexis Ravelo)
Um dos livros mais comentados de 2022 é este thriller psicológico escrito por Alexis Ravelo. Misturando também com o político, o social e o terrorismo, ‘Los nombres prestados’ é como reviver o ‘Caso Yoyes’, que marcou os anos oitenta em Espanha. Precisamente nessa década é onde tem lugar uma novela negra que ganhou o último prémio Café Gijón. Basta ler a sua premissa para querer saber mais: “A uma cidade remota chegam com dois meses de diferença uma tradutora que esconde um passado terrorista e um suposto corretor de seguros que, na realidade, é um ex-comissário que lhe tem seguido o rasto durante anos”.
6. ‘Una casa llena de gente’ (Mariana Sández)
Publicado neste mesmo 2022, ‘Una casa llena de gente’ auxilia-se de uma abordagem original para construir um romance com um argumento bem espanhol, mas também universal, como o seguinte: a relação de duas famílias que vivem porta com porta, em casas vizinhas e paredes muito finas. Um relato coral escrito por esta surpreendente autora de origem argentina.
7. ‘Todavía estoy vivo’ (Roberto Saviano y Asaf Hanuka)
Há pouco mais de quinze anos, Roberto Saviano emocionou o mundo com um relato sobre a camorra italiana. Até ao ponto de que, desde então, vive sob proteção policial e afastado de toda a aparição pública. ‘Gomorra’ foi um êxito tão devastador que incluso teve adaptações em cinema e televisão. Após dez milhões de exemplares vendidos, inúmeros prémios, e ainda perseguido pela máfia napolitana, Saviano é ajudado por Asaf Hanuka para contar em primeira pessoa como é o seu dia a dia. Protegido pela polícia, ou vivendo de hotel em hotel. E sempre olhando para os dois lados da rua.
8. ‘Yo, adicto’ (Javier Giner)
Responsável pela comunicação de Pedro Almodóvar ou Penélope Cruz, o guionista Javier Giner conta neste ensaio autobiográfico como superou os seus próprios vícios. Desde que entrou no ano de 2009 numa clínica de desintoxicação, até à espiral de autodestruição que o levou a essa admissão na clínica. Uma prosa corajosa e generosa, que não deixa nada por dizer nem contar. Um relato feroz e inspirador.