Estudo do Sono: as mulheres dormem pior do que os homens

Dormir oito horas de qualidade é a premissa fundamental da saúde e do nosso bem-estar geral. No entanto, um estudo do sono realizado em Espanha tornou evidente uma preocupante disparidade na qualidade do sono entre homens e mulheres. Em particular, estas últimas parecem enfrentar-se a mais dificuldades para conseguirem um sono reparador, e isto tem profundas implicações para a sua saúde física e mental.

Num estudo recente realizado em Espanha pela Maxcolchon, chegou-se à conclusão que as mulheres dormem pior do que os homens. Para além disso, também se concluiu que são mais propensas a medicar-se para poderem conciliar o sono. Esta situação coloca uma série de perguntas sobre as causas e as possíveis soluções para melhorar a qualidade do sono na população feminina.

Este artigo da Maxcolchon vai-nos servir para explorar em profundidade os motivos por trás destas diferenças, baseando-se em dados recentes que revelam como o sono das mulheres é afetado por diversos fatores biológicos, psicológicos e sociais.

O estudo do sono que confirma que as mulheres dormem pior do que os homens

Segundo os resultados do Estudo do Sono 2024, metade dos entrevistados afirma que a sua qualidade de sono é irregular, o que impacta de maneira direta na sua energia, estado de ânimo e produtividade. Este impacto é especialmente notável entre as mulheres e as pessoas com mais de 45 anos, particularmente entre os 46 e os 60 anos. É que este grupo se enfrenta a maiores dificuldades para conciliar o sono, além de recorrer com maior frequência a infusões naturais ou a soníferos para tentar resolver estes problemas.

As estatísticas do estudo mostram que 17.7% dos inquiridos qualificam o seu sono como mau ou muito mau, sendo esta perceção mais comum entre as mulheres e as pessoas de 46 a 60 anos. Uma situação verdadeiramente preocupante, já que um sono de má qualidade pode trazer sérias repercussões para a saúde física e mental. As pessoas que não dormem bem tendem a sentir-se mais fatigadas durante o dia, o que pode levar a um círculo vicioso de stress e ansiedade, o que, por sua vez, vai dificultar ainda mais o descanso noturno.

Por outro lado, os jovens menores de 30 anos são os mais satisfeitos com o seu sono. Este segmento da população destaca por dormir mais horas e por ter menos problemas de insónias, ainda que, curiosamente, também seja o que mais tempo dedica às redes sociais antes de dormir. Apesar dos seus hábitos de saúde menos favoráveis, como uma maior exposição a écrans eletrónicos, os jovens parecem lidar melhor com os desafios do sono, quando comparados com os seus pares de maior idade.

Outro dado interessante do estudo diz-nos que o problema mais comum entre os espanhóis é o de se despertarem demasiado cedo, afetando a uns 11.7% dos entrevistados. Este problema pode dever-se a diversos fatores, como o stress, a ansiedade, ou incluso a luz natural que entra dentro do quarto.

No entanto, o problema que afeta a mais pessoas, com uns 54.7%, é levantar-se a meio da noite. Este tipo de interrupções pode ser especialmente prejudicial, porque impede que o corpo passe pelas etapas completas do ciclo de sono, algo que é essencial para conseguir um descanso reparador.

Consequências de sofrer de um sono insuficiente

Baseando-nos nos dados coletados pelo estudo do sono da Maxcolchon, é importante relembrar quais são as consequências para a saúde de não dormir o suficiente ou de experimentar um sono de má qualidade.

1. Diminuição da concentração e da produtividade: a falta de sono afeta a capacidade cognitiva, reduzindo a atenção, o tempo de reação e a memória. Falamos de problemas que têm o seu próprio impacto no rendimento laboral e que podem aumentar o risco de acidentes, quer no trabalho, como na própria vida quotidiana.
2. Problemas de saúde mental: um descanso deficiente pode contribuir para o aparecimento de problemas de saúde mental, como a depressão e a ansiedade. A falta de sono altera o equilíbrio de neurotransmissores no cérebro, o que pode afetar o estado de ânimo e a capacidade para controlar o stress.
3. Aumentos de riscos cardiovasculares: dormir mal está associado com um maior risco de sofrer com enfermidades cardíacas, hipertensão e acidentes cerebrovasculares. Um sono insuficiente pode aumentar a pressão arterial e a inflamação, fatores de risco importantes para estas condições.
4. Problemas metabólicos: a falta de sono pode contribuir para a obesidade e para problemas relacionados com o metabolismo, como a diabetes tipo 2. O sono influi nas hormonas que regulam o apetite, e a falta de descanso pode levar a uma maior ingestão de alimentos e a uma menor sensibilidade à insulina.
5. Sistema imunológico débil: dormir adequadamente é essencial para manter o sistema imunológico forte e prevenir enfermidades. Durante o sono, o corpo produz citocinas, proteínas que ajudam a combater infeções e a inflamação. Sem um descanso adequado, a produção destas proteínas vê-se comprometida, o que faz com que o corpo seja mais suscetível a enfermidades.

3 conselhos para melhorar a qualidade do sono

As estatísticas proporcionadas pelo estudo do sono da Maxcolchon são um fato. Felizmente, existem várias estratégias que o podem ajudar a melhorar a qualidade do seu descanso e, por consequência, a sua qualidade de vida.

1. Estabeleça uma rotina de sono regular

É importante que nos possamos deitar e que nos tentemos despertar à mesma hora todos os dias, incluso durante os fins de semana. É que isto pode ajudar a regular o relógio biológico e a melhorar a qualidade do sono. A consistência é chave para treinar o seu corpo a dormir melhor. Trate de criar um ritual relaxante antes de se deitar, como ler um livro ou tomar um banho quente, de modo a mostrar ao seu corpo que é hora de dormir.

2. Crie um ambiente adequado para dormir

O entorno no qual dorme pode influir significativamente na qualidade do seu descanso. Seguindo esta premissa, o nosso quarto deve destacar-se como um lugar tranquilo, escuro, silencioso, fresco e, em definitivo, ser uma verdadeira catedral do descanso. Utilize cortinas opacas para bloquear a luz e, se for necessário (caso viva numa área ruidosa), utilize também tampões para os ouvidos. Além do mais, tente manter uma temperatura fresca dentro do quarto, de modo a poder facilitar essa melhora na qualidade do sono, já que o corpo tende a dormir melhor num ambiente mais fresco.

3. Escolha o colchão mais adequado

Um bom colchão é essencial para um sono reparador. Os colchões viscoelásticos da Maxcolchon são uma excelente opção, já que se adaptam à forma do corpo e proporcionam um suporte ótimo. Investir num colchão de qualidade pode marcar uma grande diferença no seu descanso noturno. É que um colchão adequado vai-nos proporcionar comodidade, além de nos ajudar a prevenir dores de costas e outras moléstias físicas.