Dormir bem aumenta o desejo sexual
Da mesma maneira que fazer sexo melhora a nossa higiene do sono, dormir bem aumenta o desejo sexual. Dormir e sexo, dois conceitos estreitamente ligados, por razões biológicas, e um cenário comum: a cama.
Assim é como reage o nosso corpo e a nossa mente à sexualidade
Como parte intrínseca e aspeto central do ser humano, a sexualidade não só abarca o próprio sexo em si. A sexualidade humana é prazer, erotismo, intimidade, reprodução ou fecundação. O sexo é género, orientação sexual, liberdade, e até uma representação artística. Mas, como já temos dito, também é saúde e descanso.
Desde há muito tempo que conhecemos a relação entre o exercício físico e o descanso. Que o desporto é benéfico para a vida e para a saúde é quase um mantra universal. Sair a correr, andar de bicicleta, inscrever-se (e ir) ao ginásio…. Existem mil e uma formas de praticar, mas por vezes esquecemos uma que, além de melhorar a nossa higiene do sono, nos ajuda a queimar calorias, potenciar o nosso sistema imunológico, fortalecer o coração, regular a pressão arterial, e até melhorar a pele ou o cabelo.
O sexo consome à volta de cinco calorias por minuto. E fá-lo de uma forma dupla: aumenta a sua frequência e pulso cardíaco, ao mesmo tempo que o empurra a utilizar diversos músculos da sua anatomia. Em definitivo, manter relações sexuais é o mais perto a um tipo de exercício de cárdio que vão estar aqueles que fogem dos ginásios.
Outros fatores da nossa maquinaria biológica que se põem em marcha graças ao sexo têm uma relação com certas hormonas. Após o ato sexual, o nosso corpo consegue libertar umas hormonas associadas ao relaxamento. Tanto a oxitocina, como a prolactina (também encarregadas do prazer), são libertadas após o orgasmo, formando assim uma associação com a hormona do stress, que se vê reduzida depois do sexo: o cortisol. Esta série de mudanças hormonais são as causantes de um estado de sonolência que nos ajuda a adormecer. E fá-lo principalmente no sexo masculino.
Mas a relação entre o sexo e o descanso também a podemos enfocar desde um prisma emocional. Ainda que não podemos afirmar que sempre seja assim, o ato sexual é uma prática humana e social que ajuda a realçar o vínculo que temos com a nossa parelha (quer seja estável, ou esporádica). Esta união após o orgasmo encontra a sua explicação na libertação da mencionada oxitocina. Esta hormona tão importante para os humanos, e que já referimos que é libertada durante o coito, produz e potencia certos sentimentos, que associamos ao afeto, à intimidade, à proximidade, e ao carinho. Se tivéssemos que definir estes vínculos que sentimos pela outra pessoa durante a prática do sexo, e porque nos apetece tanto aproximarmo-nos, acariciar e tocar a outra pessoa, a explicação mais científica diria que é devido à presença da oxitocina.
No que diz respeito à diferença entre homens e mulheres, relativamente à relação descanso-sexualidade, encontramos uma série de nuances muito interessantes:
– As mulheres podem sentir maior excitação sexual, ainda que o seu descanso seja de menor qualidade. Que uma mulher tenha dormido mal a noite anterior não é sinónimo de menor apetência sexual, ou diminuição da sua libido. Pelo contrário, pode dispor de mais vontade de fazer o amor com a sua parelha. Isto choca com una contradição. Este desejo não garante nem um pleno rendimento, nem maior nível de habilidade. Em definitivo, afinal esse cansaço pode fazer mossa.
– Os homens sofrerão em maior escala de disfunção eréctil ou diminuição da libido, conforme mais cansaço sofram, e menos horas tenham dormido. Portanto, a recomendação que fazemos desde Maxcolchon é a de manter uma correta higiene do sono, para que as suas relações sexuais não se vejam influenciadas negativamente.